NOTA DE REPÚDIO AOS CORTES ORÇAMENTÁRIOS
NA EDUCAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
A Sociedade Brasileira de Geologia, uma organização científica com quase 5 mil associados, é contrária a qualquer impedimento ao progresso do ensino, da ciência e tecnologia no país. Apesar das limitações já impostas pela crise econômica, as agências de fomento permanecem em sua missão e continuam sendo os principais alicerces de investimento na manutenção e avanço de nossas pesquisas, a curto e longo prazo. Qualquer outro corte de investimento nesse contexto marcará um desastroso percurso para o retrocesso, pelo qual a população brasileira caminhará. Um forte sinal desse obscuro cenário foi o anúncio do corte do orçamento que atingem a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES para 2019.
Assim como em diversos países, no Brasil, grande parte do conhecimento é resultado direto de pesquisas desenvolvidas por alunos de programas de pós-graduação stricto sensu (metrado ou doutorado). Novas tecnologias, dados inovadores, novos conceitos, desmistificação de paradigmas são originados por esses alunos que dedicam 2 ou até 5 anos de suas vidas para essa atividade, sempre orientados por professores desses programas. Durante esse tempo, no qual se soma aos 5 anos de graduação (a maioria integral), esse aluno não possui carteira de trabalho, não recebe fundo de garantia e nem recolhe INSS. Ele se dedica exclusivamente à ciência.
Aquele remédio novo que saiu? Não sairia sem pesquisa... Aquela ponte que não caiu? Cairia sem pesquisa...A eficiência dos aviões? Não teríamos EMBRAER sem pesquisas. Nosso setor mineral com o ferro mais puro do planeta? ...Só sabemos devido as pesquisas...O pré-sal seria desconhecido sem a pesquisa. Se não fosse pela pesquisa, ainda estaríamos morrendo de uma simples gripe ou achando que o petróleo veio dos dinossauros.
Um país sério financia, e deve financiar o máximo quanto possível, a formação de cérebros que levem o aluno a produzir ciência para sua própria nação e ainda contribuir para o conhecimento mundial. Com esse modelo, o Brasil ficou entre os 15 países que mais produzem ciência em 2017 (ranking do Scimago), através de artigos científicos em revistas internacionais.
O alerta da CAPES para o Ministério da Educação é seríssimo, GRAVE, pois ameaça os mais de 3500 programas de mestrado acadêmico e doutorado espalhados pelo país. Os alunos, mais de 90 mil, dependem dessas bolsas de estudo para continuarem estudando.
Nesse sentido, a SBG se coloca em apoio irrestrito à CAPES e às entidades que se uniram contra essa drástica notícia. Garantir a integridade de nossas instituições de pesquisa e incentivar os pesquisadores a continuar contribuindo com o avanço científico do país é um passo significativo para o desenvolvimento e a soberania de nossa nação.
Por fim, a SBG acompanhará o andamento das mobilizações e permanecerá firme em sinergia com a comunidade científica.
Atenciosamente,
Sociedade Brasileira de Geologia
Cópia para Ministério da Educação / Gabinete do Ministro
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Assessoria de Imprensa da SBG
27 a
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X GEOQUANTI - Simpósio de Quantificação em Geociências
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XIX SNET / 18º GEOSUDESTE
CAMPINAS - SP - CENTRO DE CONVENÇÕES UNICAMP |
02 a
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XIII SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA / IX SIMPÓSIO DE VULCANISMO E AMBIENTES ASSOCIADOS / I CONFERÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO DO MERCOSUL
FOZ DO IGUAÇU - PR - CENTRO DE EVENTOS MABU THERMAS |
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XVIII SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE
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